O correr e suas nuances" ( ou "A corrida e suas nuances" ) é uma obra criada e escrita por Pompeo M. Bonini: Projetada e idealizada para interagir ideologicamente e conceitualmente com todos os outros livros que escrevi. Nesta interação descobrimos os aspectos holísticos que são as novas nuances da vida... Basta clicar à esquerda nos capítulos ( hiperlinks ) descritos que você segue a tragetória que segui em épocas de treinos árduos ora com metas de competir, ora com metas de deleitar-me com o ato de correr e sentir a natureza. Em trilhas sinuosas pelas matas de lugares longíncuos ou perpassando o asfalto da cidade, seja fartlek ou longão correr é correr e quando passa a fazer parte de nosso estilo de vida provoca alterações em nosso modo de pensar e sentir a vida por alterar ou amplificar determinadas sensações e pensamentos que provêm de quê? Essa é a meta desta obra: buscar o cerne da verdade! Não deixe de fazer seus comentários ao final de cada capítulo, isto contrinuirá para nossas efusivas, enfáticas e complexas reflexões!

24.3.09

Cap. 17- QUAL SERÁ O ASSUNTO?

Cap. 17- QUAL SERÁ O ASSUNTO?
Finalizei o capítulo passado com uma pergunta que pareceu aos olhos da pessoa leiga ( Não me refiro necessariamente à você leitor ) com uma pergunta muito diferente, mas o caso é que a pergunta é totalmente fluente com as idéias que apresentam o tópico em si, pois o motivo que faz para que façamos alguma coisa em nossas vidas é certamente comandado pela sociedade, por suas regras, para ser mais específico. Dizemos assim que somos influenciados por tudo aquilo que nos cerca, e a cultura esportiva é por assim dizer uma idéia que foi criada pelo ser humano, e que por isso não é uma cultura inerente às nossas próprias essências.
Como podemos ver, na antigüidade bastante remota, os principais motivos de uma pessoa para que esta praticasse atividade física, era justamente ou guerrear para conquistar territórios ou treinar para guerra, do contrário a busca de frutas e caça de animais eram boas alternativas àqueles que quisessem praticar caminhada ou corridas curtas. Há também, inserido neste contexto o fator sobrevivência, pois fugir de animais selvagens é necessário quando se quer preservar a vida, não há querer sendo a sobrevivência instinto que prevalece sobre qualquer vontade provinda das razões humanas. Pois há varias formas de movimentos corporais que eram praticadas na antigüidade. Hoje com o advento da ciência vemos que a atividade física faz bem ao corpo e à mente, antigamente também se sabia isso, porém de forma meramente prática, com duvidosas explicações.
Se você nascesse na antigüidade provavelmente seria uma amazona ou um guerreiro, já que gosta de fortes emoções, e de praticar movimentos corporais extenuantes. Difícil iria ser você escolher ser um escravo ou escrava para carregar pedras o dia inteiro recebendo açoitadas dos mais variados feitores, há gente que de fato gosta de musculação, mas o problema é notarmos como é difícil encontrar pessoa praticante de musculação que seja ao mesmo tempo sádica, masoquista e que goste de receber ordens imperiosas, naqueles tempos provavelmente as pessoas tivessem sequer a liberdade de escolher se seriam escravas, nobres ou religiosos, mas de qualquer maneira exerciam suas atividades físicas, e isso foi o que acabamos de concluir nestes pensamentos longínquos.
A discussão principal a que me propus a construir este capítulo está baseada justamente na influência cultural que recebemos em relação às atividades esportivas.
É uma influência que pode ser tanto positiva quanto negativa, pois como sabemos nossa sociedade preza em todos os aspectos pela competição, é refletida esta idéia no âmbito do movimento físico humano, que passou a ser denominado esporte. No trabalho devemos ganhar, assim como no esporte, e faço aqui uma crítica em relação a isso, pois se nossas crianças ( da sociedade é claro ) são educadas de forma a terem sempre que ganhar suas medalhas e competições ocorrerá, e ocorre, uma grande calamidade, perdendo para valores de vida que são muito mais importantes que uma vitória, eu diria que a vitória pode ser vista como o cúmulo do egoísmo, enquanto que a confraternização é algo consideravelmente bom para aqueles que querem conviver em uma sociedade harmoniosa. Sabe-se que nascemos influenciados pelo meio em que vivemos em todos os aspectos, mas do mesmo modo que João do tópico E, capítulo anterior não conseguia peneirar as informações que recebia, a Ter assim uma opinião crítica, nós igualmente nos contentamos com fazermos aquilo que julgamos ser bonito, e ser um objetivo condizente, contribuindo para despencar uma sociedade que poderia andar num caminho muito mais eficaz. Poderíamos aqui estar falando de valores utópicos, mas não são estes dos quais estamos falando, já que se pensarmos na antiga escravidão e sofrimentos de outros tempos é totalmente condizentes em pensarmos numa sociedade pouco mais harmoniosa da que vemos hoje.
Neste contexto, vejo de prioritária importância a mudança de ensino de valores para a humanidade, com certeza a vitória não se equipara à conhecer novos amigos e com estes confraternizar em uma atividade que exija menos movimentos mecanicamente executados, e em objetivos impostos de forma quase que autoritária., constantemente encontramos estes valores erroneamente já aplicados às crianças.
Numa constatação infeliz vejo que a própria aplicação do esporte competitivo aplicada às crianças e adolescentes da maneira que é aplicada é extremamente necessária, já que após crescerem encontrarão por certo um mercado tão hostil quanto é o esporte que fazem. Assunto de bastante importância este com o qual nos deparamos, pois desta forma estariam estas crianças perdendo as graças da infância em decorrência de uma aplicação de idéias culturais erradas. Pois se perdem a inf6ancia porquê são ( sem que os pais e professores e elas próprias o saibam ) treinadas para saber enfrentar os aguilhões da sociedade em que estarão imersas num futuro, logo perdem um momento muito importante na vida.
Concluímos que não é necessária a valorização do esporte competitivo, para quaisquer pessoas, devemos encontrar a graça do correr com naturalidade, e descompromissados, assim nos tornaríamos de certa forma crianças. Correr na chuva, na lama e nos lugares mais inóspitos possíveis, sem que fiquemos ateados às preocupações que nos cercam no dia a dia. Tanto nas crianças como em nós adultos existe uma essência de alegria, esta está extremamente relacionada à falta de obrigações ou imposições, ocorre que esta essência é mais evidenciada nas crianças e ficando encoberta de forma bastante obscura nos adultos. Caso você queira entender-me com clareza faça o favor de reler o capítulo anterior por inteiro.
Já tive a infelicidade de ver uma mulher correndo em uma esteira e ao mesmo tempo falando num celular sem deixar de assistir o noticiário televisivo, pois isto trata-se de uma completa falta de discernimento, já que a corrida deveria ser um momento de desligamento do mundo em que vivemos, e, sendo este assunto divergente iniciaremos outro capítulo neste instante.

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