O correr e suas nuances" ( ou "A corrida e suas nuances" ) é uma obra criada e escrita por Pompeo M. Bonini: Projetada e idealizada para interagir ideologicamente e conceitualmente com todos os outros livros que escrevi. Nesta interação descobrimos os aspectos holísticos que são as novas nuances da vida... Basta clicar à esquerda nos capítulos ( hiperlinks ) descritos que você segue a tragetória que segui em épocas de treinos árduos ora com metas de competir, ora com metas de deleitar-me com o ato de correr e sentir a natureza. Em trilhas sinuosas pelas matas de lugares longíncuos ou perpassando o asfalto da cidade, seja fartlek ou longão correr é correr e quando passa a fazer parte de nosso estilo de vida provoca alterações em nosso modo de pensar e sentir a vida por alterar ou amplificar determinadas sensações e pensamentos que provêm de quê? Essa é a meta desta obra: buscar o cerne da verdade! Não deixe de fazer seus comentários ao final de cada capítulo, isto contrinuirá para nossas efusivas, enfáticas e complexas reflexões!

10.3.09

CAP. 31 - DEFESA À ALMA DO SER HUMANO

CAP. 31 - DEFESA À ALMA DO SER HUMANO

Poema dedicado à natação:
Faz parte de nosso ser
O líquido que nos envolve
O céu, árvores e água posso ver
A magnitude se desenvolve
Nossos corpos são plenos
Corações perseverantes e fortes
Assim são nossos planos
As águas são gigantes
Nos desafiam como pântanos
Com nossas próprias cercantes
Dores que provocam prantos
De lagrimas desafiantes

Poema dedicado à corrida:
Correr é cercar a alma de força
Tresloucar-se num tempo e espaço
Observar o ritmo da lembrança
Que absorve o eterno laço
Das amizades de uma grande dança
No conjunto do triunfo de um ser de aço
Para a felicidade e matança
Dos preceitos errôneos de um maço
De substâncias fétidas de essência crassa
Para que não se dê subterfúgios à um abraço
Vamos fazer uma vaga andança
Por sendas de maravilhosos caminhos
Numa carreira de aço, abraço e força


Me proponho de bom grado nesta parte do livro a dissertar ao que chamamos de essência da alma do ser humano. Todos estão, ou deveriam estar em busca de algo, para que a vida assim tenha um sentido definido e não se fique perdido no mundo por assim dizer, os caminhos que a vida apresenta são diversos, porém há os que se perdem e não encontram quaisquer trilhas. O maratonista é por natureza um ser que busca algo, a maratona per si mostra-se como sendo um caminho, bastante comprido entretanto o fato que mais deve nos chamar a atenção é que é itinerário muito bem definido, por esta causa será dito que este facto traz maior sentido à vida do corredor. A própria palavra “sentido” já implica numa direção, tudo que têm uma direção é mais facilmente percorrido através de algo que assemelhe-se com um caminho. Não estamos aqui discorrendo de maneira figurativa é caminho e traz sentido concreto, o que ideologicamente estrutura a mente de maneira que esta sinta-se dentro de parâmetros mais abrangentes.
O contexto largo da vida traz muito mais sentido à esta mesma que simplesmente viver o dia a dia de forma casual e necessária, se contendo com satisfazer necessidades fisiológicas ou prazerosas de primeira ordem, assim diz-se que uma universalidade da mente irá repercutir numa vivência mais completa trazendo assim condições racionais mais complexas.
Mas qual é o verdadeiro caminho da humanidade? Acaso existe caminho pré-determinado ou que seja mais condizente com um protótipo favorável? Numa antigüidade remota prevaleciam-se em maior quantidade os valores sentimentais, é claro que simplificamos demasiadamente o assunto comparativo no que concerne ao aspecto temporal, mas é comparação convalidada para diferenciar sentimentos de aspectos de ciência ou sabedoria que devora a sociedade contemporânea, deixando assim de lado os princípios mais sutis dos sentimentos.
Incitamos em nossos pensamentos à dizer que o ser humano em sua naturalidade é bom, e busca o bem, ou então que este seja um princípio básico que sempre existirá, porém que pode não ser necessariamente seguido já que o mal existe. Por quê existe o mal? É o mal uma anormalidade. Poder-se-ia dizer numa hipótese que o mal faz em sua naturalidade parte do bem, já que pode ser em muitas ocasiões necessário para que o bem atinja suas maiores e mais refinadas construções. Assim estamos num campo em que considera-se que o bem é o único princípio existente, já que o mal faz em sua constância parte do bem. Não iríamos cair neste caso no principio religioso, já que este pondera que há inferno e céu dando a visão de uma adversidade existente num mesmo mundo. O mundo não poderia ser composto desta dual visão, que assim traz duas realidades.
Por certo a realidade do corredor é a de um ente que busca um caminho, uma trilha ou uma estrada isto é o que mostra sua personalidade, seu jeito de ser, sua vida. Na vida portanto tal como no esporte praticado busca-se um caminho, este caminho é bastante comprido, como já referido, e têm um principio, meio e fim. No que se refere ao ser humano diremos que há determinada essência comum à todos, esta busca o bem, e por certo a comunicação, o mal por certo existe como integrante do bem.
A cultura de cada pais traz aspectos que são pertinentes às suas peculiaridades, isto diferencia as pessoas, porém não interfere de modo algum no que estamos chamando aqui de alma, que é uma justa essência que não muda, mas que pode estar encapsulada em formas desagradáveis, ignominiosas e até terrificantes.
Vamos conversar aqui sobre o bem e o mal, e à respeito do fato de haver ou não um destino ou caminho correto ou antecipadamente decidido. Faz parte de nossos divagares defender a essência humana, assim discorremos aqui sobre o destino, pode ser deveras tragicômico leitor ou leitora que esteja lendo estas páginas, porém ocorreu que eu mesmo escrevendo sobre este assunto neste mesmo livro me assustei quando de forma repentina o computador desligou-se com um raio, perdi grande parte dos escritos é verdade, mas é verídico que deste extraordinário acontecimento posso com naturalidade extrair algumas conclusões. Por quê o ser humano ou alguns da mesma espécie acreditam no que se diz destino? O quê é coincidência?
Foi por suposto uma grande coincidência que justamente no momento em que era discutido o assunto do destino e da força que a natureza exerce sobre o homem caísse um raio que destroçasse os pensamentos da tela, e consequentemente ignorasse tudo o que fora colocado. A coincidência é, pois, uma união de fatos que se complementam ou se parecem. É fato que a coincidência nos faz pensar no que se chamaria destino, já que sendo um fato surpreendentemente extraordinário se torna estranho com características nada peculiares ao dia a dia, o que poderia ser claramente classificado como anormal.

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