O correr e suas nuances" ( ou "A corrida e suas nuances" ) é uma obra criada e escrita por Pompeo M. Bonini: Projetada e idealizada para interagir ideologicamente e conceitualmente com todos os outros livros que escrevi. Nesta interação descobrimos os aspectos holísticos que são as novas nuances da vida... Basta clicar à esquerda nos capítulos ( hiperlinks ) descritos que você segue a tragetória que segui em épocas de treinos árduos ora com metas de competir, ora com metas de deleitar-me com o ato de correr e sentir a natureza. Em trilhas sinuosas pelas matas de lugares longíncuos ou perpassando o asfalto da cidade, seja fartlek ou longão correr é correr e quando passa a fazer parte de nosso estilo de vida provoca alterações em nosso modo de pensar e sentir a vida por alterar ou amplificar determinadas sensações e pensamentos que provêm de quê? Essa é a meta desta obra: buscar o cerne da verdade! Não deixe de fazer seus comentários ao final de cada capítulo, isto contrinuirá para nossas efusivas, enfáticas e complexas reflexões!

11.3.09

Cap. 30 - A COMPETIÇÃO.

Cap. 30 - A COMPETIÇÃO.
É com grande alegria que me disponho a retratar este tema de um ângulo intrínseco. Competir é acima de tudo mostrar que você é o melhor. Está em jogo a autosuperação de um indivíduo. É bastante importante notar como os melhores atletas são aqueles que dão maior aos detalhes da corrida, detalhes estes que podem ser considerados supérfluos por uns e mesquinhos por outros, mas que em sua constituição mostram que são fatores primordiais para uma diferença de desempenho, e até digamos bem estar.
A começar por este livro, vejamos: aqui estão retratados estudos à respeito do ato de correr, eu mesmo conheço muitas pessoas que não gostam de ler, e algumas até mesmo estudantes de Educação Física, já ouvi dizer de suas próprias bocas que quando começam a ler sentem-se dominadas pelo sono, e que por isso não o praticam com veemência. Assim como estes muitos outros, e corredores. Farei agora uma pergunta: Seria a leitura uma nuança da corrida? Na medida em que esta acrescenta para o desenvolvimento mental do indivíduo a resposta é um claro e grande sim. Assim como a leitura poderíamos pegar como exemplos mais lógicos e evidentes coisas como alongamentos, pomadas, massagens, tipos de aquecimentos, organização e alimentação. Notem vocês leitores que estes são os exemplos evidentes, que tratam-se dos detalhes a que nos referimos. Dentre estes detalhes escondem-se outros bastante difíceis de enxergar, são respectivamente os detalhes sensíveis, talvez a leitura e os estudos se encontrem meado neste contexto. Outros também, tais como concentração, aspectos de caráter psicológico, motivação e seriedade também são pequenos insetos invisíveis de uma grande floresta, mas sem eles não podemos constituir o que chamamos ecossistema ou plenitude total.
Para que possamos aproveitar todos os aspectos que pode proporcionar uma competição devemos dar um nível de importância total à esta, assim através de uma gama bastante divergente e diversificada de detalhes nos tornamos plenos.
Tudo isto de que falamos até então trata-se do que está abrangendo o acontecimento do qual faremos parte, estes aspectos se encontram em uma parte exclusivamente anterior ao evento. Se nada for esquecido o corredor irá utilizar-se de boa parte de seu potencial geral, não me restringiria jamais em dizer estas palavras me referindo tão somente aos ditames fisiológicos, como também os mentais. Aproveita-se tudo com maior alegria por assim dizer. Deleitem-se agora com a proferida descrição:
“Ali estava eu, preparado para aquela competição, eram 10 quilômetros. Os treinos haviam sido feitos e as massagens igualmente, tal como os alongamentos e o aquecimento. E minha mente? Vejo que é mais fácil analisarmos como encontra-se o estado físico que o mental, que parece estar escondido sob um escuro véu. Julgo que era um momento em que estava ansioso e por isso irrequieto, minha mente parecia querer vasculhar o futuro, porém sem êxitos logo tornava ao passado recordando os treinos, queria prever o que ocorreria dentro de pouco. Assim iniciou-se a corrida, os 5 primeiros quilômetros passaram voando, não entendo com nitidez qual é nossa percepção do tempo, já que há tempos curtos que parecem infindáveis enquanto largas quantidades de tempo às vezes nada representam. Igual funcionam as distâncias: há momentos em quê dezenas de quilômetros não passam de vagos e rápidos momentos, por outro lado já me encontrei com centenas de metros que nunca se esvaiam. Vemos que são estranhas as concepções de tempo e espaço, pois estas duas estão intimamente relacionadas com nossos sentimentos e não com um simples relógio em que foram estipulados, através do movimento de rotação de nosso planeta, movimento de dois ponteiros. Mergulhado neste pensamento estava eu enquanto corria a segunda parte da prova, pois esta se demorava mais, talvez por um maior sofrimento decorrente de imperiosas subidas. Uma contínua disputa entre min e um determinado indivíduo ocorria neste momento, ele se mostrava mais rápido nas subidas porém eu o ultrapassava nas retas, tudo constituía um verdadeiro jogo, este jogo era muito maior do que parece, pois não somente é passar e ser passado, mas sim o que mais contava era: Qual fora seu treino? Alimentação? Massagens? Alongamentos? Aquecimento? Concentração? Auto-estima? Indiferença para com os adversários? Assim esta brincadeira se prolongava através de sendas cada vez mais minuciosas, era evidente que entre nós dois o corredor que houvera sido mais atencioso receberia seu trono de superioridade. Assim ocorreu: eu o passei, mais para frente olhei o cronômetro e notei que estava para vencer meu próprio recorde pessoal na distância, quase não acreditei no que estava ocorrendo, de forma imperiosa neste exato momento aumentei o ritmo de forma vertiginosa, faltavam apenas 1000 metros. Creio que utilizei a palavra errada, pois neste momento este apenas que é visto de fora, por quem assiste a corrida, é na verdade a parte mais larga da corrida. São momentos intermináveis, a dor é tão progressiva quanto a velocidade e a vontade de melhorar o tempo, neste momento pensei: O quê estou fazendo aqui? Uma pergunta que se lê-la hoje fico embasbacado com o fato de haver perguntado isto, pois a resposta é tão simples que não convém recalcitrar, estava apenas correndo. Apenas correndo? Naquele momento a consciência transcende à maneira simples de raciocinar que temos quando estamos parados, pois não via reais motivos para estar ali naquele sofrimento infernal. Todos gritavam como macacos desembestados, eu corria pensando somente no recorde pessoal, e com grande infelicidade notava que aquele era um momento interminável, mais prolongado do que fora toda a corrida. Assim vejo que o tempo é uma concepção errônea já que depende das pressões sentimentais e psicológicas externas e internas para que seja considerado maior ou menor, igual diria da distância. Ao passar a linha de chegada um grande alívio e uma alegria que chega a ser louca, o momento de êxtase é bastante breve nesta forma estranha e distorcida, pouco a pouco o efeito passa é como se estivesse ficando cada vez mais consciente do que acontecera.”
Caros e amigáveis leitores: vos direi algo que os surpreenderá de tamanha maneira que podereis cair da cadeira ou do local de onde estejam lendo este livro: Competir não têm as mesmas características que o ato de correr propriamente dito: a corrida se ramifica em suas diversas apresentações. Qual é o modo mais prazeroso? O da competição ou o da simples e descomprometida corrida?
Competir certamente proporciona sensações bastante originais, e lindíssimas, porém a corrida descompromissada produz efeitos peculiares, estes que não são percebidos durante uma competição, para maior concretização em nossos estudos passemos para outra descrição, que por certo nos ajudará a ver de outro ângulo este mesmo assunto:
“Há cerca de três anos que corro de uma maneira considerada como algo que se aproxime ao que se diz competitivo. Tenho por certo bastante afeição pelas provas de maratona, respectivamente 42 quilômetros e 195 metros. A cada maratona novas e maravilhosas sensações, sentimentos e pensamentos. Realmente este é um tipo de competição que deixa-me em estado de êxtase, em maior contato com minha verdadeira essência. Houve certa vez que me inscrevi para um duatlon aquático, algo que jamais havia participado, acreditei ser um evento bastante simples, as distâncias eram para meu treinamento relativamente curtas: 2,5 quilômetros de corrida, 1 quilômetro de natação finalizando com mais 2,5 quilômetros de corrida. Assim não tive grandes expectativas para esta prova, considerando-a como fato normal. Para meu engano, já que a prova tratou-se de uma torrente de novidades em meus sentidos, idéias e sentimentos. O início fora bastante comum, havendo apenas me preocupado em colocar o óculos de natação e a touca numa zona apropriada para isto, dita zona de transição. Corri com bastante garra, chegando finalmente à parte em que se priva do tênis, com o cuidado de posicioná-lo para mais tarde recolocá-lo. Ao colocar a toca saí desenfreadamente com o óculos de natação na mão em direção ao mar, onde estavam posicionadas três bóias para a devida sinalização, eram duas voltas de 500 metros. Nesta bestial e inicial corrida alguém que estivesse vendo-me poderia comparar-me à um louco corredor de 100 metros rasos tamanha era minha voracidade, assim aos saltos penetrei nas reentrâncias da margem, tinha que elevar muito além do normal as pernas para que não tropeçasse na água, e ao notar que era maior a profundidade iniciei com as “golfinhadas” e tão logo a nadar, a primeira sensação que penetrou no âmago de meu ser era a fria temperatura da água e o alto nível de salinidade, pois havia treinado em piscinas e não no mar. Porém neste mesmo momento em que incrustavam-se em meu ser estas horríveis sensações sentia-me revigorado com uma dose de alegria incomparável com qualquer outro tipo de ocorrência em outros tipos de competições, mesmo maratonas. Eram hilárias estas contraposições ocorridas pois num só momento o horrendo e o elevado se mostravam, a única coisa em que concordavam é que eram novos. A primeira volta através das sendas aquáticas foi bastante sofrida, cheia de dificuldades, houveram momentos em que não conseguia visualizar a bóia, e para minha decepção as ondulações faziam com que eu não enxergasse em alguns momentos a própria praia. Porém durante a segunda volta espertamente inventei um fantástico modo de nadar: seguiria um outro atleta, me preocupando tão somente em não perdê-lo de vista, o que foi totalmente improvisado mas que não por isso deixou de funcionar, muito pelo contrário: surtiu efeito sensacional, e me saí bem nestes 500 metros da competição. Porém como não se basta somente lograr nadar com presteza e rapidez 500 metros numa competição desta sorte há que se passar por outros labores. Um deles é informar-se sobre a competição antes de corrê-la ou nadá-la, assim nervosamente meti o tênis no pé e enfiei a camiseta sem saber a quantidade exata de areia que se havia infiltrado no tênis, voltando meu olhar em derredor procurei a direção em que correr, porém devo Ter perdido uns trinta segundos neste meio tempo, já que eu não tinha esta informação e sequer desconfiava qual o direcionamento a ser tomado. Após breves ou largos momentos, parece que nestes momentos perde-se a noção do tempo, segui minha carreira numa estrondosa raiva, foi com presteza que notei que nesta parte adquiria bastante vantagem para com os outros atletas, simplesmente passava-os com facilidade. Finalizando com um “sprint” digno de agradáveis novidades e sensações”
Vejam leitores que através desta descrição quis constatar que para cada diferenciação dos fenômenos físicos há uma sensação psíquica diferente. Anteriormente discorríamos sobre o fato de que competir é diferente de tão somente correr por correr. Do mesmo modo cada tipo de competição têm suas peculiares sensações e provindos sentimentos.
Para o leitor leigo, que ainda não caiu da cadeira há a especificidade nas sensações, para o outro diremos que há maior variabilidade de sensações, todavia persiste as características distintas de um treino ou corrida totalmente descompromissada, o que seria bastante comparável à uma brincadeira de criança, sem horários para iniciar ou finalizar, obrigações ou movimentos específicos, assim não há o que se diz nervosismo ou preocupações adjacentes. Pode-se correr um pouco e logo parar para visualizar-se uma paisagem sem sentir-se culpado por uma interrupção abrupta do treino, a descrição que se passa à seguir nos dá uma idéia desta liberdade que se passa em um treino deveras espontâneo:
“Corria entremeado numa espessa mata, lá todos os fenômenos da natureza eram agradáveis aos meus olhos e ouvidos, senão ao próprio corpo já que pisava em folhas, barro e cascalho. Após sair de uma sinuosa trilha, esta que somente descrevia subidas entrei numa estrada de pedrisco que subia por uma montanha de ralas e escassas plantas, o cenário era bastante diferente, olhava ao longe uma casa ou igreja de maravilhosa arquitetura, algo que assemelhava-se ao “Romântico”, dois mil e oitocentos metros de altura, aquelas paragens eram espetacularmente maravilhosas. A casinha era de singular beleza, e se encontrava num outro pico, no cume da montanha vizinha. O vento açoitava as plantas duma maneira violenta, e estas cresciam segundo seus comandos, estavam sendo penteadas por ele. A subida era interminável e desgastante, percebi que não era necessária uma sobre-vontade para subir, havia muita naturalidade em meu correr, tudo era de extraordinária contemplação e espontaneidade. Miriades de montanhas prostravam-se diante de meus olhos, uma volúpia de automático agradecimento para com a natureza, da qual esqueci que fazia parte, se apoderou de min naquele instante. Ao chegar ao cume parei, fiquei estatificado diante de algo soberbo e admirável. Uma infindável paisagem se deitava como um lindo tapete. Eram infindáveis montanhas, descortinavam-se sensações de haver logrado algo maravilhoso, juntamente com aquele vento que num constante labor prosseguia seu ritmo. Aproximei-me cautelosamente do penhasco, mas continuei minha infantil contemplação, pois era como se até aquele momento eu nunca houvera sabido que existisse tal tipo de lugar ou visão, tamanha era a magnificência que se me apresentava diante das pupilas. Me sentia verdadeiramente honrado, meio envergonhado peguei uma linda e brilhante pedra do chão, que era bastante característica daquela região, como se aquilo representasse uma prova daquele momento tão especial e representativo para minha consciência, retornei à trilha envolvido por aquele manto de visões que incrustaram-se de graciosa maneira em minhas recordações.”
Qual o proveito que tiramos nós desta história? Justo que não houve sistema nenhum para correr, o que considera-se neste caso é sistema de organização de treino, ou seja: não havia qualquer preocupação com tempo, velocidade, altimetria, passada, seriedade ou qualquer outro gênero de técnica ou sistema que venha a deparar-se com este, a liberdade certamente é a característica principal de um treino a que poríamos o nome de: treino livre. Se quiser parar ao meio o treino e contemplar uma cordilheira ou uma formação rochosa, que isto seja feito segundo a graça que lhe vier no momento. Se quiser afetivamente recolher uma pedra como prova de que estivera em determinado lugar, que seja assim. Dentre estas muitas outras coisas podem discorrer num treino livre, como pode ser constatado com clareza na seguinte descrição:
“Estava eu correndo por uma cidade européia a qual todavia não conhecia com nitidez, fazia bastante calor, e simplesmente tomei um rumo qualquer e prossegui na carreira. As ruas eram muito bonitas, com praças e calçadas perfeitamente pavimentadas, o que me dava absurda tranqüilidade, enfrentava uma subida leve porém contínua que num certo momento estreitou-se por demais, a ponto de na calçada não caber-se uma pessoa por inteiro, realmente era de fato real que muitas ruas ali naquela cidade tinha suas peculiaridades medievais. Continuei por cerca de 4 quilômetros até chegar numa ampla avenida, recorrendo à esta ainda numa subida e visualizando um possível objetivo: uma montanha que deslumbrava-se diante de min. Num ato improvisado subi por suas trilhas parando em um bebedouro para me fartar da merecida água, a visão lá de cima era sensacional, podia-se ver toda a cidade. Num ato natural trepei em uma frondosa árvore, de lá de cima via ciclistas passarem pela trilha e ao outro lado a cidade dava mostras de sua beleza. Quando cansei de descansar desci, solvi outros gordos goles de água e continuei a corrida montanha acima. A trilha apresentava mudanças: antes sendo larga e pedregosa agora era sinuosa e de uma secura inigualável, com pinheiros espalhados pelo bosque, cheguei a perguntar-me se era realmente aquilo uma trilha, pois não havia um caminho específico, os pinheiros apresentavam-se em toda sorte de lugar, sendo que à determinada altura daquela aventura cheguei a pensar estar perdido. Porém dum objetivo jamais me desnortearia: chegar ao cume, donde sabia existir um parque de diversões. Ao final deste estranho e apresentado bosque extravasei por outra estrada, esta agora era de terra batida, donde havia um amplo e contínuo muro composto de gigantescas pedras, ao qual em seu bordo exterior apresentava-se uma paisagem linda, deixando à mostras um observatório científico e a noção da considerável altura em que me encontrava. Numa desagradável situação me encontrei quando percebi que me encontrava numa estrada em que haviam extensas obras de construção, e caminhões do mais diversos tipos passavam de cá para lá, e de lá para cá. Ao passar por este extremismo de sensações, após constatar que lia a última placa de: “Perigoso! Saída de caminhões.” A qual surtiu um efeito aliviador em meu estado de espírito penetrei por uma via asfaltada, que dava mostras de que ali existia civilização, inesperadamente um fato surpreendente ocorre: um ciclista que descia esta estrada em vertiginosa velocidade cai. Muito assustado corri em seu auxílio, vendo as horrendas arranhaduras que se formaram em seu corpo logo prestei-me a ir buscar socorro, mas ele de forma conclusiva levantou-se bravamente, mancando um pouco subiu em seu equipamento de trabalho e prosseguiu o treino. Prossegui minha viagem para cima, em minha corrida, quando cheguei ao cume, onde havia uma igreja, um mirante e um parque decidi entrar na igreja e assistir à uma missa, o que fiz de forma original e inesperada, retornando pelo mesmíssimo itinerário.”
Vejam leitores como nesta descrição não há uma real idéia fixa de correr, mas sim de aproveitar as diversas variantes proporcionadas pela liberdade de movimento. É com grande naturalidade que se para beber água e se saciar, mirar a deslumbrante paisagem, ajudar um atleta estarrecidamente machucado e até assistir uma missa. Esta espontaneidade de atos é decorrência da liberdade, entretanto isto só ocorrerá com a assimilação ideológica anterior, veja que mesmo antes de correr o indivíduo sequer sabia para onde ir, com isso traçou de forma originalíssima seus objetivos, que iam variando de acordo com os acontecimentos e descobrimentos ocorridos ao longo do trajeto. Que seja este definitivamente estipulado como treino livre, diferente por suas peculiaridades de grossa maneira de um treino para determinada competição, este está atrelado à competição de forma bastante concludente, e por isso têm suas divergências pessoais. Vemos com isso que tanto os treinos quanto as competições possuem suas característica, ou mesmo personalidade, se é que assim pode-se dizer. A maratona irá provocar determinada gama de sensações e sentimentos, enquanto isso o duatlon aquático é também caracterizado por suas vibrações e sensações peculiares, estas que somente são decorrentes dele em específico. Aqui irá ser dito, ou mesmo que já tenha sido proferido o será mais uma vez , que os treinos livres são diferentes do que chamaremos de treinos atrelados, estes segundos são os que individualizam-se por serem objetivados à uma determinada competição. Com as informações aqui obtidas chegamos à seguinte divisão:
A – Treinos livres.
B – Treinos atrelados.
C – Competições diversas.
A seguir apresenta-se uma nova descrição:
“Naquele dia haveria uma competição eu estava devidamente preparado eram 500 metros de natação e 3000 de corrida. Tudo preparado e mais uma largada, é incrível pensar que nunca me sinto calmo durante a largada, pois sempre há grande ansiosidade, esta me invade, nem que seja segundos antes do momento preciso, mesmo sabendo que era o grande cotado para a vitória. Pois comecei a nadar e vendo-me rápido me tranqüilizei com relativa facilidade, já à última chegada na piscina certo nervosismo se me tornou a aparecer pois imaginava-me já como deveria colocar o tênis, momentos depois estava calçando-o e tirando óculos e touca rapidamente, com bastante tranqüilidade, mesmo sabendo dos riscos que existiam se algo ocorresse de errado ou no caso de uma suposta demora, claro que haviam gotas de temor em minha alma, de ser ultrapassado. Comecei a correr com vertiginosa velocidade só ficando completamente calmo quando constatei que o segundo colocado encontrava-se numa distância na qual era irrealizável que se me chegasse perto, finalizei com a vitória, mas não livre de sentimentos como nervosismo, receio, medo e alegria.”
Inicialmente quero destacar que anteriormente existiam guerreiros, hoje em dia há atletas. Pode parecer poético porém é um pensamento bastante condizente quando abordamos este assunto de baseados em um contexto histórico. Veja que estamos todos em busca de sentimentos, a sociedade sofre da falta deles, é privada de sentimentos pelos caminhos que ela se propôs a seguir, as guerras e o esporte por conseguinte trazem o medo como vemos no caso anterior, pois o atleta têm um medo ou receio de que outro lhe tome a posição, isto é fator meramente cultural e ideológico, que está incrustado na mente dos atletas, que competem por uma convenção criada naquele momento, mas que é toda esta criação mental a responsável por seus medos e receios, consequentemente pela criação de sentimentos como medo ou alegria.
Certamente é bastante lógico colocarmos o esporte como uma busca de sentimentos proposta pela humanidade, o que foi substituição das guerras antecedentes aos nossos tempos.

Um comentário:

  1. por favor me fale sobre o modo certo de respirar, como é a respiração correta para cada pessoa.
    Qual o treino ideal para quem é principiante, o que deve fazer pra ir chegando aos poucos aos índices.
    Quais as contusões mais comuns em uma prova e qual a melhor forma de evitá-las

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