O correr e suas nuances" ( ou "A corrida e suas nuances" ) é uma obra criada e escrita por Pompeo M. Bonini: Projetada e idealizada para interagir ideologicamente e conceitualmente com todos os outros livros que escrevi. Nesta interação descobrimos os aspectos holísticos que são as novas nuances da vida... Basta clicar à esquerda nos capítulos ( hiperlinks ) descritos que você segue a tragetória que segui em épocas de treinos árduos ora com metas de competir, ora com metas de deleitar-me com o ato de correr e sentir a natureza. Em trilhas sinuosas pelas matas de lugares longíncuos ou perpassando o asfalto da cidade, seja fartlek ou longão correr é correr e quando passa a fazer parte de nosso estilo de vida provoca alterações em nosso modo de pensar e sentir a vida por alterar ou amplificar determinadas sensações e pensamentos que provêm de quê? Essa é a meta desta obra: buscar o cerne da verdade! Não deixe de fazer seus comentários ao final de cada capítulo, isto contrinuirá para nossas efusivas, enfáticas e complexas reflexões!

17.5.09

CAP. 1 – O ESFORÇO DO CORREDOR

CAP. 1 – O ESFORÇO DO CORREDOR
Sinto aproveitar meu treino quando treino com garra!


O corredor em seus treinos procura sempre atingir sua melhor performance, principalmente se este corredor têm esta idéia de forma obstinada ou se é um corredor de elite, acontece que neste caso uma coisa está relacionada com a outra, pois se o corredor é de elite ele é uma pessoa com idéia obstinada ou se o contrário ocorre a pessoa que têm idéias obstinadas de correr têm grande propensão de se tornar corredora de elite.
É uma questão de personalidade: Pessoas ferozes irão demonstrar toda esta ferocidade na corrida, pessoas calmas igualmente demostrarão a tranqüilidade... ocorre que a corrida possui a capacidade de transformar estes sentimentos em energia, num dia de tristeza, posso correr e expandir toda minha força interior de forma que a tristeza, sendo inferior a esta força de vontade que se apodera de min vai embora, ou simplesmente desintegra-se. Para começar-se a correr deve-se antes ter a idéia de tal coisa, mas para que se inicie esta idéia deve haver um estímulo, que pode este ser por exemplo a música das olimpíadas, ou mesmo uma lembrança, a lembrança de que está no momento de treinar ou de que quero correr. Isso é evidente, pois todo ato de movimento físico passa antes pelos processos mentais racionais, ideológicos e funcionais.
É possível que eu esteja tão triste que não consiga treinar? Qual seria a razão desta tristeza? Posso eu estar tão sem estímulos a ponto de não poder continuar o treino? O quê seria um estímulo para completar-se bem um treino?
As respostas para estas perguntas são coisas que nos ajudariam muito nos treinos. É perfeitamente possível que um atleta esteja fisicamente perfeito, e a nível de alimentação muito bem acompanhado, mas este não têm vontade sequer de começar um determinado treino. Pôr quê isso? Estamos aqui tratando de aspectos inteiramente mentais? Ou são físicos mentais ao mesmo tempo? Por quê seriam físicos se este atleta está em condições físicas perfeitas?
Pode ocorrer de um atleta começar um treino psicologicamente desestimulado, e no decorrer deste treino, sem causa aparente, este indivíduo se vê com bastante vontade de treinar, com isso ele melhora sua performance em 50%. Não há causa aparente para quem o assiste de fora. E para ele? Saberá ele a causa de sua melhora impressionante na velocidade? É esta causa física ou veiculada aos processos mentais? Será física e mental ao mesmo tempo? Quando digo causa física quero relacionar a toda uma série de relações fisiológicas que ocorrem em nossos organismos quando corremos. Pois se estou correndo são liberados hormônios e outras substância em meu sangue, através de glândulas e mesmo em forma de substratos químicos, e, estas substâncias podem atuar em meu cérebro de forma que eu me veja mais calmo e menos preocupado com outros problemas que até então se dominavam minha mente, pois quando estou treinando no mínimo preciso me concentrar no que estou fazendo, do contrário poderia tropeçar em uma pedra ou bater com a cabeça em uma árvore. Estes são processos ativados pela mente para que o corpo se movimente, e que para ela própria possa dominar a ela e ao corpo. Sabemos também que o corpo também têm os seus fenômenos que podem atuar na mente no momento da atividade. Estes processos fariam com que a mente mudasse sua postura e se tornasse a precursora da melhora de vontade e consequentemente de performance.
A vontade é uma grande fonte de bom desempenho. Mas a grande pergunta é: De onde pode vir esta vontade? A verdade é que pode vir de diversas situações, como por exemplo uma pessoa que está correndo em seu costumeiro treinamento, e em um determinado momento não sente-se muito bem, parece estar um pouco abatida, tanto fisicamente com seu fraco desempenho como também em seus pensamentos que são exclusivamente pessimistas. Pode ocorrer neste caso uma mudança repentina de estado emocional através de um amigo que grita desesperadamente para que esta pessoa prossiga seu treinamento com vontade. Instantaneamente o corredor este de nosso exemplo inicia dentro de suas capacidades físicas uma verdadeira façanha, pois sua velocidade que era de lerdo para tartaruga passa a ser bastante apreciável.
Ocorreu portanto um estímulo externo, audível e quase ensurdecedor, que fez com que nosso colega mudasse não somente sua velocidade, pois isso na verdade é uma conseqüência de uma mudança a nível cerebral, ou de atitude mental. Vemos com isso que aquele atleta que têm uma atitude mental positiva é aquele que têm uma porcentagem maior de chances a se desempenhar com grande desenvoltura em uma prova ou treinamento. É evidente que nem todos os dias estamos a ponto de bala, há dias em que estamos tristes por diversos motivos, sejam estes de ordem profissional, familiar, entre uma infinidade de outras coisas que podem estar passando em nossas mentes, é estritamente importante frisar aqui que estamos falando de processos inteiramente mentais, pois meu corpo pode estar biológicamente respondendo com perfeição, porém se minha mente não têm uma atitude positiva em relação ao que faço ou ao que m cerca: Quê será então de meu treinamento? Ou mais importante ainda: Quê será de minha vida? A tristeza por exemplo... Quê é a tristeza? É um estado emocional, que não necessariamente seja negativo, mas que pode influir muito em um treinamento, tanto de forma positiva quanto de forma a atrapalhar o treino, pois deveis estar perguntando como a tristeza influiria de forma positiva, e vos digo que posso me aproveitar de uma situação que me provocou tristeza para me congratular com capacidades que até então ninguém, tampouco eu, sabia que possuía. Vemos isso claramente no cotidiano, há tantas pessoas que enfrentam as maiores adversidades que a vida pode trazer, estas pessoas ficam muito tristes em um determinado momento, porém ocorre que inseridas em um determinado esporte, durante os treinamentos, esta tristeza pode se transformar em uma espécie de revolta para com o problema que ocorre, a revolta se transforma então em energia que é dispendida na forma de movimento. Portanto vemos aqui como os processos mentais influem no desempenho de um determinado atleta e fazem com que este tenha não somente a vontade de se sair bem no esporte como também lograr bons resultados na vida.
É falta de coerência chegar a pensar que somente a tristeza pode vir a trazer benefícios para o esporte ou para a corrida. Devemos analisar as coisas de forma que tentemos chegar à uma realidade. Continuando o mesmo tema, é mais que lógica a teoria de que a tristeza trará maus resultados à corrida, é claro que uma pessoa que está triste achará a corrida monótona e sempre terá idéias contrárias ao que chamamos de idéias positivas. Assim sendo esta pessoa estará disposta a correr mal. Da mesma forma outros sentimentos como alegria ou rancor estarão influindo em grande porcentagem no desempenho e aproveitamento geral da corrida, chegamos aqui a uma brilhante conclusão ( Brilhante segundo o autor, pois os críticos literários e corredores poderão crer uma conclusão enfadonha dependendo do sentimento e vontade com que lêem este texto ), conclusão esta que diz que na verdade tudo é bastante volátil, posso eu estar triste e com isso não conseguir me desempenhar bem na corrida, e outra pessoa também triste talvez até por um motivo bastante similar se aproveitar desta situação para criar uma explosão sinergética funcionando como uma grande descarga de origem mental e com finalização física, e o mesmo ocorrerá com todos os outros sentimentos. Tudo depende de como trabalhamos nossos sentimentos e não quais são estes sentimentos.

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