O correr e suas nuances" ( ou "A corrida e suas nuances" ) é uma obra criada e escrita por Pompeo M. Bonini: Projetada e idealizada para interagir ideologicamente e conceitualmente com todos os outros livros que escrevi. Nesta interação descobrimos os aspectos holísticos que são as novas nuances da vida... Basta clicar à esquerda nos capítulos ( hiperlinks ) descritos que você segue a tragetória que segui em épocas de treinos árduos ora com metas de competir, ora com metas de deleitar-me com o ato de correr e sentir a natureza. Em trilhas sinuosas pelas matas de lugares longíncuos ou perpassando o asfalto da cidade, seja fartlek ou longão correr é correr e quando passa a fazer parte de nosso estilo de vida provoca alterações em nosso modo de pensar e sentir a vida por alterar ou amplificar determinadas sensações e pensamentos que provêm de quê? Essa é a meta desta obra: buscar o cerne da verdade! Não deixe de fazer seus comentários ao final de cada capítulo, isto contrinuirá para nossas efusivas, enfáticas e complexas reflexões!

19.3.09

22 – ALGUNS ASPÉCTOS OBSCUROS DA CORRIDA.

22 – ALGUNS ASPÉCTOS OBSCUROS DA CORRIDA.
A tanto tempo que não me deparo com as ditas descrição, que pensei por momentos que elas haviam sumido das folhas, mas cá estão elas, com toda a veracidade proferida. Vejam por seus próprios olhos, interessados leitores um acontecimento ( Descrição ) senão profano bastante digno de posterior comentário, e julguem pelas suas próprias razões se este capítulo realmente merece o nome recebido, pois se não for assim retiro estas palavras introdutórias assim como o título do ante dito capítulo....
“Fim de semana, e finalmente uma idéia que surgiu em nossas mentes. Eu e um grande amigo decidimos fazer um treinamento bastante interessante, pois lá estávamos na cidade em que seria feito o treinamento, e, um dia antes pegamos o mapa da cidade para analisar qual o trajeto. Na real o itinerário proposto era bastante longo, tratava-se de um verdadeiro treino, e lá estávamos nós no outro dia: eu correndo e ele pedalando ao meu lado num sol escaldante, ambiente de praia, estrada. Foram-se os primeiros 20 quilômetros de corrida, quando em seguida após breve descanso mais 60 quilômetros de bicicleta, e aí então já estávamos espavoridos em nossos próprios atos, já que escurecia, não sabíamos a que horas chegar, as pernas já não respondiam da forma devida, eu tornaria a correr mais 20 quilômetros e a pedalar ao meu lado, a escuridão na estrada se tornou plena de modo que somente conseguíamos enxergar nada mais que 5 palmos diante do nariz. Passavam poucos carros pela estrada, não havia meios de pegar carona, aos lados da estrada havia uma densa floresta que já mostrava sinais de que os animais noturnos despertavam ( Pareciam ser macacos, com sons estridentes e outros graves ), havia um determinado medo de que pudesse passar uma cobra e esta ser pisada, ou mesmo de um repentino buraco na estrada não ser enxergado. Também possível era ser atropelado por um carro já que aquela estrada não possuía quaisquer tipos de iluminação. Apesar da situação extremamente incômoda fazíamos piadas e galhofas imitando macacos e rindo-nos de nossa própria desgraça. Como se tudo isso não bastasse começou um temporal de descomunal força, de modo que se não podíamos enxergar agora éramos então verdadeiros cegos, ainda depois comecei a ter cãibras nas duas pernas faltando cerca de 14 quilômetros, começamos a revezar a bicicleta, era algo que realmente estava parecendo impossível. Foi com grande alegria que chegamos vitoriosamente na cidade, parecendo verdadeiros guerreiros, atravessando aquelas infindáveis poças de água. Ao chegar constatei com grande assombro que a sola de meu pé parecia estar desgrudada do mesmo, para meu reconforto vi que noutro dia havia voltado à normalidade.”
Encontrar mais adversidade que as anteriormente descritas parece ser bastante difícil senão impossível, tratou-se realmente de um treinamento incrível já que poucos seres humanos de nossa sociedade experimentam acontecimentos tão adversos. É uma sensação muito boa, a de após haver feito exercício durante horas seguidas receber a noite e uma grotesca chuva, você sente-se de certa forma um herói. Esta sensação provém da adversidade encontrada, como que quanto mais adversidade maior é a sensação de superação, não difícil encontramos pessoas que não enxergam limítes, procurando esportes cada vez mais extenuantes. Tudo deve entretanto ser executado com o devido discernimento, com a antecipação de procedimentos e com os treinamentos antecedentes à um suposto treino mais longo.
Falamos aqui de alguns aspectos que seriam considerados como obscuros no esporte, sobretudo na corrida. Creio perfeitamente que baseados nas insinuações anteriores poderíamos afirmar que o excesso realmente é uma obscuridade da alma e do corpo já que se trata de uma imperfeição. A obscuridade pode provir de diversas causas, não necessariamente trata-se de algo maligno, senão negativo. Há pessoas porém que se apegam de tamanha maneira àquilo que fazem que não importam-se com as conseqüências, este é justamente o caso do corredor inveterado que só pensa em correr e nada mais. Há o provérbio que diz que tudo têm seu lado bom e o ruim, e isto se aplica igualmente à corrida, veja que os atletas da citação acima passaram além de por um treino extenuante por perigos diversos, o que veementemente não podemos considerar como algo positivo, a menos que alguém sinta atração em morrer atropelado em uma estrada em meio à uma tormentosa chuva.
Além de todos estes aspectos drásticos ocorridos durante o treino, há o fato de que não houve, ao contrário do procedimento correto, treinamentos antecedentes devidos, para que mais tarde, na devida ordem de progresso houvesse o treino mais longo. Para concretizar estes pensamentos quero citar uma aventura que fiz em determinado momento através de mais uma descrição:
“Naquele dia certamente eu estava bastante iluminado, se é que assim pode-se dizer, pois meus pensamentos eram muito positivos em relação ao treino que se iria proceder, era uma manhã bastante agradável quando já portando todos os complementos necessários, muita banana e água, cheguei na borda da piscina de 50 metros, deixando-os ali e fazendo os alongamentos. Por incrível que pareça eu não tinha grandes pretensões, tudo surgiu com grande espontaneidade e naturalidade. O treino não era por assim dizer algo inabalável e imutável, pelo contrario, era suscetível às mudanças de todas as sortes que viessem a ocorrer. Comecei a nadar com a mais pura inocência, sentindo que o ritmo estava muito bom, e me encontrava com muita energia. Foram razoavelmente 6 quilômetros de crawl, quando definitivamente decidi completar os 10.000 metros, pois havia uma certa indignação por num momento anterior haver feito 8.000 pensando se tratar de 10.000, este fator era um dos que me levava a prosseguir neste mister. Neste contexto meus pensamentos eram da mais pura força de vontade e uma mescla de alegria e torpor. Quando tornava a nadar saindo da complementação nutritiva sentia estranha tontura, talvez devida ao posicionamento horizontal do corpo, todos sabiam o que queria fazer, não por ser exibicionista, aliás não me vejo como um, mas dava-me este conhecimento maior ânimo. Logo um grande abatimento mental apoderou-se de meu ser, claro que sei por experiência que no esporte de resistência há fazes de baixa estima senão de desânimo perante a uma realidade divergente, mas isto passa e de um momento para outro nos vemos quase como perfeitos deuses. Pois foi isto que aconteceu, de forma momentânea eu achei que tudo deveria acabar, mas noutro momento já me via mais forte. Curioso é saber que isto se passa tanto mentalmente quanto fisicamente, pois a insuportável dor parece desapareceu e ií que iria consegui realizar meu intento. Porém isto não é tudo, pois meus planos não se restringiam tão somente a nadar 10 quilômetros, mas sim prossegui fortemente uma jornada com uma corrida que até então não sabia onde iria parar. Quando falo que tudo é espontâneo digo que não haviam planos inteiramente definidos, somente sabia que queria correr uma larga distância, não tinha por certo nenhuma previsão. Ao fazer a zona de troca para colocar shorts, tênis e camiseta vi que estava numa espécie de loucura, pois os pensamentos que tinha eram fixos como é uma estátua de bronze. De forma contínua me sugeria: - Vamos! Você deve prossegui, ir para frente, continuar, agora é a parte da corrida, não se importe com o que já passou, esqueça e viva o agora. – Estes pensamentos seguiam numa cadência, sempre com o mesmo significado. Assim comecei a correr, somente após três quilômetros me dei conta de que estava correndo, vejo que o corpo se adapta gradativamente à corrida, pois antes ficara demasiado tempo numa constante cadência de movimentos específicos, se estes movimentos eram diferentes tanto ele quanto o cérebro requereriam determinado tempo para adaptarem-se à nova situação. Foi de grande comicidade notar quer até a dor nos ombros demorou a vir à tona, e quando surgiu certamente custou bastante, era muito estranho neste intervalo de tempo, pois parecia que tinha vontade de correr com os braços e não com as pernas. Do clube corri até um parque, neste quando cheguei na pista de cooper achei fato de grande divertimento senão de estranheza fazer a relação de que as pessoas que ali estavam faziam suas corridas de suas comuns maneiras, enquanto que eu já havia nadado 10 e corrido 10 quilômetros, e todavia prosseguia firme e forte em minhas possivelmente consideráveis insanas obstinações, ou até obscuras. A corrida, tal como a natação, passou por um momento crítico, momento em que pensei em parar, no intento de descrever direi que é o momento da tristeza e desalento mental, é o momento da fraqueza e debilidade física, é um momento crucial, em que se confrontam pensamentos numa batalha estranha e desconhecida Esta é a parte da corrida e natação de longas distâncias em que espadem-se os sentimentos.. Tal como na água se esvaiu este momento, e revigorei-me com minhas ocultas capacidades, tornando a correr com vontade de quem inicia uma grande corrida, evidentemente não com o mesmo nível de glicogênio muscular, mas com uma força que creio bastante difícil explicar. Assim se passou, finalizando a corrida de 30 quilômetros encontrei-me com um amigo que disse não acreditar em tal feito, crendo ou não é interessante ver-se se fora obscuro ou claro como é a luz.”
Nesta curiosa e larga descrição, caros leitores, é de suma importância considerarmos um fato que ficara oculto aos leitores, que se baseia no fato de que o atleta não havia para este treino feito treinamentos antecedentes adequados. Treinar para treinar? Sim, é exatamente isto que quero dizer, muitas pessoas têm ânsia por feitos heróicos inigualáveis, e nisto perdem-se em pérfidas ilusões fazendo um grande mal aos seus próprios organismos biológicos. O exemplo mais clássico disso tudo é o da pessoa que quer competir sem haver treinado adequadamente, e sobretudo fazer um tempo excepcional, isto serve para vermos até que ponto vai a audácia do ser humano. É claro que muitas pessoas não têm o devido conhecimento de determinados cuidados que devemos tomar com nosso corpo, porém creio que em todos haja uma certa consciência que diz até onde é o certo forçar o corpo. Neste caso concluiríamos que haveria uma consciência universal da naturalidade corporal. Não se vê que os animais irracionais já nascem sabendo o que devem fazer? Como se tivessem embutido um livro manual na cabeça. Se conhece isso por instinto? O ser humano é decerto um animal, e faz parte da natureza, já que é assim há uma consciência de informações previamente inseridas, dentre estas os cuidados corporais. É claro que não nascemos já sabendo exatamente quais os procedimentos a serem tomados, mas sim de medidas racionais e cabíveis para delimitar as atividades físicas. Às vezes tudo depende tão somente do bom senso, utilizando-se da lógica para o argumento final.
Não quero me propagar por caminhos demasiado diversos do proposto, o que é muito claro é que muitas vezes comemos erros, o maior erro é aquele cometido de forma consciente. Se pensarmos que todos nascem com instinto todos os erros deveriam ser considerados conscientes, mas isto é um assunto demasiado profundo, e aliás suscetível à diferentes interpretações. Devemos nos vigiar, para que não sejamos enganados pela própria exagerada auto estima, pois esta é a causa principal de desventuras exacerbadas como esta, para todo treino longo devem haver, torno-o a dizer, os treinamentos antecedentes.
Se todos estes aspectos podem ser considerados como obscuros ou heróicos é bastante que cada leitor segundo seu bom senso interprete os fatos com seu próprio bom senso. Diria que há a heroicidade bestial e a heroicidade cabal.
Baseados em nossos estudos sobre algo que seria numa primeira instância obscuro chegamos à conclusão de que as coisas podem ser positivas ou negativas segundo nosso modo de proceder, assim divido este assunto das seguinte maneira:
A – Heroicidade bestial.
B – Heroicidade cabal.
A – Heroicidade bestial.
Trata-se justamente como incitado de um fato bastante negativo. Já vi corredores de grande capacidade não terem um bom desempenho pela falta de conhecimento, chego a pensar que o conhecimento por certo ajuda mais que quaisquer patrocínios ou apoio. É bastante cabível este pensamento se vermos que corredores de capacidade inigualável correm e treinam de maneira errônea, sem fazer uma tabela de treinamento ou alongamentos, dentre estes muitos outros aspectos como local de treino. São coisas que estão perfeitamente ao alcance do corredor, e que infelizmente, por vontade exagerada ou mesmo falta de conhecimento o corredor foge ao treino. É por certo um fato heróico já que ainda assim estes tipos de corredores fazem tempos extraordinários, porém tal como músicos sem teoria ou técnica, poderiam estes obter velocidades todavia mais rápidas se tivessem determinados conhecimentos ou os respeitasse. Podem ver claramente leitores que os dois exemplos citados anteriormente tratam-se de nosso tópico presente: Heroicidade bestial. Não falo aqui da falta de condições, mas das possíveis e infelizmente inutilizadas condições de treinos. Me abstenho no fato de que a exagerada força de vontade pode ao mesmo tempo que causa sentimentos de auto superação causar desconfortos posteriores, isso não ocorre se o treino for feito de forma consciente e paciente, é o que veremos no tópico seguinte...
B – Heroicidade cabal.
Entendemos por heroicidade cabal o treino que é executado da devida maneira, há de haver paciência para isso, e à vezes é difícil ater a vontade de fazer um treino de superação de limítes. Isso varia de corredor para corredor, pois alguns são exageradamente guerreiros, enquanto que à outros até lhes falta vontade para treinar. A maior perfeição é aquela que entende de onde provém a imperfeição, eu, sabendo de quais procedimento surgem minhas dores físicas e até mentais posso evitá-las ou cura-las agindo de maneira diferente. Agir de maneira diferente implica em mudança de hábitos ou efetivamente treinamentos, o que é para muitas pessoas um problema de gigantescas proporções, já que estas sem saber estão impregnadas de estagnação, ou seja: atuam sempre da mesma maneira quando submetidas a situações semelhantes.

Um comentário:

  1. Colocar imagens e negritos entre os textor para tornâ-los mais interesantes

    Existem exercícios que uma pessoa possa fazer na praça onde frequenta caso não queira ir para uma academia?

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